sábado, 22 de dezembro de 2007

Cristianismo - Bíblia

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Traduções da Bíblia

O texto original da Bíblia, em hebraico e aramaico no Antigo Testamento e em grego no Novo Testamento, seria inacessível ao leitor comum. Toda a enorme influência religiosa, política, social e cultural da Bíblia deveu-se às traduções. Elas começaram bem antes do nascimento de Cristo, e multiplicaram-se a partir da disseminação da cristã. A invenção da imprensa de tipos móveis, no século XV, deu ensejo a nova onda de traduções, que continuaram a multiplicar-se até o tempo presente, quer de todo o texto canônico, quer de livros não-canônicos, mas de interesse para o estudo da mensagem judaico-cristã.

Traduções antigas. A mais antiga tradução do Velho Testamento é a Septuaginta, ou Versão dos Setenta, nome que tem sua origem na lenda segundo a qual 72 judeus, seis de cada tribo de Israel, teriam feito essa tradução do Antigo Testamento para o grego em 72 dias. Realizada em Alexandria, entre 250 e 150 a.C., aproximadamente, destinava-se aos judeus da diáspora -- os que, voluntária ou coercitivamente, se encontravam fora de Israel. Do Egito espalhou-se por outras regiões, até tornar-se a Bíblia oficial do judaísmo helenista. As traduções seguintes compreendem a Bíblia inteira, e foram feitas pelos iniciadores do cristianismo nas regiões orientais do Império Romano. A principal tradução siríaca é a Pechitta (a comum). A tradução do Antigo Testamento é muito antiga; foi começada desde o século II. O texto oficial da igreja síria para o Novo Testamento, na sua forma atual, remonta provavelmente a Rábulo, bispo de Edessa (411-435). A tradução armênia data do século V, pelo bispo Mesrop, e inaugura a língua literária nesse idioma.
Por volta do ano 170, Taciano, discípulo de são Justino, compôs o Diatessaron, compilação dos quatro Evangelhos em um , também denominado Harmonia evangélica. Foi escrita provavelmente em grego, e traduzida para o siríaco pelo próprio Taciano. Esse texto serviu como uma espécie de Evangelho padrão para os sírios até perto do ano 400, quando foi substituído pelos quatro Evangelhos separados. Tanto o texto grego como o siríaco perderam-se e podem ser reconstituídos, parcialmente, por fontes indiretas.
Após o cativeiro do Egito, o povo judeu não mais entendia o hebraico, e por isso foi preparada uma tradução oral da Bíblia em aramaico, o Targum, posteriormente guardada por escrito. A cópia hoje conhecida data de época muito posterior, mas grandes trechos remontam ao período pré-cristão.
Por volta do ano 245, Orígenes, o mais influente teólogo e especialista em texto bíblico da nascente igreja grega, elaborou em Cesaréia, na Palestina, uma versão do Antigo Testamento, denominada Hexapla (em grego, livro sextuplicado). Apresentava as versões grega e hebraica em seis colunas paralelas, na seguinte ordem: texto hebraico em caracteres hebraicos; texto hebraico em caracteres gregos; texto grego de Áquila (autor de uma tradução literal do Antigo Testamento); texto grego do sábio judeu Símaco; texto da Septuaginta; e texto grego do helenista judeu Teodócio. O trabalho consumiu vinte anos e totalizou cerca de sete mil páginas. Talvez devido a essa extensão, jamais foi copiado integralmente, e dele restam apenas fragmentos.

Traduções latinas. Dentre as muitas traduções da Bíblia, as de maior importância para a expansão do cristianismo nascente foram as feitas para o latim. A mais antiga foi a Itala, realizada entre o ano 200 e o 250, na Itália, quando começava a se extinguir o conhecimento da língua grega nas regiões ocidentais do Império Romano. Foi substituída pela Vulgata, realizada por são Jerônimo, por ordem do papa Dâmaso, no século IV. Para o Novo Testamento, o tradutor respeitou o texto latino antigo, que se tornara familiar, mas corrigiu-o de acordo com bons manuscritos gregos. Entre 386 e 389, são Jerônimo corrigiu a tradução latina do Antigo Testamento na base da héxapla de Orígenes. Entre 390 e 406, porém, elaborou uma nova tradução latina do Antigo Testamento, diretamente do hebraico e do aramaico. No século VIII a versão definitiva de são Jerônimo acabou por suplantar as demais traduções latinas, mas foi somente por volta do século XVI que recebeu o nome de Vulgata, devido a sua larga divulgação. O termo era antes aplicado à versão dos Setenta ou à Itala. Quatro séculos depois, ao encerrar-se o Concílio Vaticano II, o papa Paulo VI designou uma comissão de peritos com a incumbência de realizar uma revisão da Vulgata, a fim de incorporar os resultados dos trabalhos exegéticos que se haviam acumulado nos últimos séculos e assim obter-se uma versão latina atualizada em relação à ciência bíblica atual.

Traduções portuguesas. Das traduções para o português, a mais antiga foi feita, no século XVII, por João Ferreira de Almeida, missionário católico na Índia, posteriormente convertido ao protestantismo. Baseada no texto grego, quase sempre discordou da Vulgata, embora fosse de orientação católica. De melhor qualidade é a segunda tradução para o português do Antigo e do Novo Testamento, realizada no século XVIII, por Antônio Pereira de Figueiredo. Baseada na Vulgata, teve maior acolhida dos protestantes que dos católicos.
Em 1981 foi publicada a Bíblia de Jerusalém, traduzida dos originais, com introduções e notas traduzidas de La Sainte Bible, publicada em 1973 sob a direção da École Biblique de Jérusalem. Outras boas versões são a Bíblia Sagrada da Editora Ave Maria, traduzida dos originais hebraico, aramaico e grego, mediante a versão francesa dos monges de Maredsou, Bélgica, pelo Centro Bíblico de São Paulo; e a Bíblia do Pão, da Editora Vozes, diretamente dos textos originais, com introduções e notas explicativas e remissivas.

Traduções alemãs. Para o alemão, o Novo Testamento foi traduzido por Martinho Lutero, em 1522. Zwingli mandou acrescentar-lhe, em 1530, uma tradução do Antigo Testamento feita por seus companheiros Pellican, Bibliander e outros (Bíblia de Zurique), mas esta foi logo suplantada pela tradução do Antigo Testamento por Lutero, em 1534. A Bíblia de Lutero tornou-se de uso comum por todos os protestantes de língua alemã. É o primeiro e talvez o maior documento da literatura alemã moderna, cuja língua foi determinada por essa obra.

Traduções inglesas. A primeira tradução para o inglês, de John Wycliffe, caiu em esquecimento, com o fracasso de seu movimento reformador. A reforma da igreja da Inglaterra por Henrique VIII foi precedida e acompanhada pelas traduções de William Tyndale (Novo Testamento em 1525, Pentateuco em 1531), em estilo solene e arcaico. Em 1535, Miles Coverdale traduziu a Bíblia inteira, tradução oficialmente aceita depois da revisão pelo arcebispo Cranmer, em 1540. Adeptos de uma reforma mais radical, William Whittingham e outros criaram em 1560 a Bíblia de Genebra, texto lido pelos puritanos, pelos Pilgrim Fathers na América e por Cromwell.
Rejeitando o texto dos calvinistas de Genebra, a Igreja Anglicana mandou fazer outra tradução, a do arcebispo Matthew Parker e de outros bispos (Bishop's Bible, 1568). O rei Jaime I encomendou uma nova versão dessa Bíblia, realizada em 1611 por uma comissão de 47 tradutores sob a direção de Lancelot Andrewes, e cujo uso na Igreja Anglicana foi autorizado. É esta a Authorized Version, dita também King James Bible, um dos maiores monumentos da língua e que exerceu influência profunda sobre toda a literatura inglesa.

Traduções italianas. O primeiro tradutor protestante da Bíblia na Itália foi Pagninus (1528), seguido por Antonio Brucioli (1530-1532). Os católicos responderam com o Velho Testamento traduzido por Santi Marmochini, e o Novo Testamento traduzido por Zaccheria (1538). A mais importante tradução protestante da Bíblia para o italiano é a de Giovanni Diodati (1607). Uma tradução católica é a de Antonio Martini, do século XVIII.

Traduções francesas. Em 1530 saiu a tradução do católico Jacques Le Fèvre D'Étaples, seguida pela do protestante Pierre Robert, dito Olivétan, cuja tradução de 1535 conquistou o protestantismo francês, sendo revista por Ostervald em 1724. Depois da tradução do católico Corbin, veio a melhor de todas, a do jansenista Louis-Isaac Le Maître de Sacy. Traduções mais modernas são a do protestante L. Segond (1880) e a do católico A. Crampon (1894). Em 1956 saiu a tradução completa feita sob a direção da École Biblique de Jérusalem, dominicana.

Outras traduções. Tanto nas línguas mencionadas como nas demais línguas da Europa apareceram numerosas traduções, parciais ou completas, desde a Idade Média até os tempos modernos, sempre na linguagem de cada época, e tanto do lado protestante como do lado católico e -- para o Antigo Testamento -- judaico. Muitas traduções da Bíblia foram feitas, integral ou parcialmente, com fins missionários, para línguas faladas fora do mundo cristão. Colonizadores ingleses na América do Norte fizeram uma versão para a língua dos índios algonquinos, no século XVII. No século XIX, apareceram traduções para o chinês, o birmanês e o sânscrito, esta última destinada às classes letradas da Índia. No século XX a Bíblia foi traduzida para o árabe (1965) e sobretudo para línguas africanas.

As contribuições católicas
para a Bíblia

O próprio Lutero disse: "foi um efeito do poder de Deus que o papado preservou, em primeiro lugar, o santo batismo; em segundo, o texto dos Santos Evangelhos, que era costume ler no púlpito na língua vernácula de cada nação..." (14). Muitos católicos e protestantes não percebem quanto devem a Igreja católica por terem a Bíblia como nós temos hoje. Por exemplo, antes que Lutero fizesse sua tradução em alemão em setembro de 1522, havia dezessete traduções alemãs (todas antes de1518) impressas, doze destas no dialeto do baixo-alemão. (7)

38-61 d.C. O PRIMEIRO EVANGELHO FOI ESCRITO: S. Mateus, um dos doze apóstolos de Cristo, bispo católico e mártir da , escreve o primeiro evangelho da vida de Cristo em hebraico. Este evangelho seria seguido por três outros evangelhos escritos em grego. Estes foram o evangelho de s. Marcos (64 d.C.), o evangelho de s. Lucas (63 ou 64 d.C.) e o evangelho de s. João (97 d.C.).

52 d.C. A PRIMEIRA EPÍSTOLA FOI ESCRITA: S. Paulo, apóstolo de Cristo, bispo católico e mártir da , escreve a primeira epístola a uma parte da Igreja. Esta é conhecida hoje como "Primeira aos Thessalonicenses". Este escrito seria seguido de 21 outras epístolas apostólicas por vários autores católicos, sendo o último escrito pelo apóstolo s. João, em 69 d.C.

64 d.C. FOI ESCRITO OS ATOS DOS APÓSTOLOS: S. Lucas, discípulo de s. Paulo, bispo da Igreja católica e mártir da , escreve "Atos dos Apóstolos", uma história da igreja católica da Páscoa até a morte de s. Paulo. Atos e o Evangelho Segundo São Lucas, fez s. Lucas o autor da maior parte do NT, ou seja, 28%.

98-99 d.C. O ÚLTIMO LIVRO DIVINAMENTE INSPIRADO DOS APÓSTOLOS É FEITO: S. João, apóstolo de Cristo e bispo da Igreja católica, escreve o último livro divinamente inspirado dos apóstolos. Isto é conhecido hoje como "Apocalipse"

153-170 d.C. O PRIMEIRO TRATADO EM "A HARMONIA DOS EVANGELHOS". : Amais antiga tentativa de fazer uma harmonia foi por Taciano (morreu em 172) e seu título, Diatessaron, dá abundante evidência da primitiva aceitação na Igreja católica de nossos quatro Evangelhos canônicos. A próxima Harmonia foi feita por Amônio de Alexandria, professor de Orígenes, que apareceu em 220 d.C., mas se perdeu. (17)

2º - 3º SÉCULO d.C. A PRIMEIRA ESCOLA DA BÍBLIA: Os antigos católicos começaram uma escola em Alexandria para a aprendizagem dos Evangelhos e outros escritos católicos antigos. (6)

250 d.C. A PRIMEIRA BÍBLIA EM IDIOMA PARALELA: O católico Orígenes cria a edição da Hexapla do VT, que continha o hebraico paralelo com versões gregas. (5)

250 d.C. A PRIMEIRA BIBLIOTECA CATÓLICA: O católico Orígenes cria uma bem equipada biblioteca na Cesaréia, com a finalidade de estudar os Evangelhos e outros escritos católicos antigos. (19)

250-300 d.C. A PRIMEIRA BÍBLIA EM FORMA DE LIVRO: Os judeus usaram o rolo de papiro, os primitivos católicos foram os primeiros ao usar a forma de livro (códice) para Escrituras. (10)

SÉCULO IV - O PRIMEIRO USO DA PALAVRA "BÍBLIA": Veio da palvra grega "biblos", que significa o lado interno do papiro, papel-cana de onde eram feitos os primeiros papéis, no Egito. A forma latina "Biblia", escrita com uma letra maiúscula, veio a significar "O Livro dos Livros", "O Livro" por excelência. As Santas Escrituras foram chamadas de Bíblia pela primeira vez por s. Crisóstomo, arcebispo católico de Constantinopla, no séc. IV. (12)

SÉCULO IV - AS MAIS ANTIGAS BÍBLIAS EXISTENTES: As duas mais antigas Bíblias existentes, que contém o Velho e a maioria (mas não completo) do Novo Testamento, chamam-se hoje de Códice Vaticanus (325-350 d.C.), o Códice Sinaiticus (340-350 d.C.), o Códice Ephraemi (345 d.C.) e o Códice Alexandrinus (450), que foram copiados à mão por monges católicos. (6)

367 D.C. O PRIMEIRO USO DO PALAVRA "CÂNON": S. Atanásio, bispo católico de Alexandria, é o primeiro em aplicar o termo cânon para o conteúdo da Bíblia, introduzindo o verbo canonizar que significa "dar sanção oficial a um documento escrito". (6)

367 D.C. O CÂNON DO NOVO TESTAMENTO: A 39ª carta festal de S. Atanásio, bispo católico de Alexandria, enviada para as igrejas sob sua da jurisdição em 367, terminou com toda a incerteza sobre os limites do cânon do NT. Nela, preservada em uma coleção de mensagens, listou como canônicos os 27 livros do NT, embora os organizasse em uma ordem diferente. Esses livros do NT, na ordem atual são os quatro Evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas, João), Atos dos Apóstolos, Romanos, 1 Coríntios, 2 Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1 Tessalonicenses, 2 Tessalonicenses, 1 Timóteo, 2 Timóteo, Tito, Filemôn, Hebreus, Tiago, 1 Pedro, 2 Pedro, 1 João, 2 João, 3 João, Judas e Apocalipse. (1)

388 D.C. O PRIMEIRO GLOSSÁRIO DE NOMES DA BÍBLIA: S. Jerônimo compilou o "Livro de Nomes Hebreus, ou Glossário de Nomes Formais do Velho Testamento". O Livro de Nomes Hebreus foi sem dúvida de muito uso na ápoca em que as pessoas quase não conheciam o hebraico, embora o arranjo seja estranho com um glossário separado para cada livro da Bíblia. (17)

388 D.C. O LIVRO DOS NOMES DE LUGARES HEBREUS: S. Jerônimo compilou o "O Livro dos Nomes de Lugares Hebreus" que foram feitos primeiro por Eusébio com adições de Jerônimo. Os nomes sob cada letra são colocados em grupos separados na ordem dos livros das Escrituras nas quais eles aparecem; por exemplo, na letra A temos os nomes de Gênesis, depois Êxodo, e assim por diante. Mas nãolugar para fantasia, e o testemunho de homens que viveram na Palestina nos séc. IV e V ainda são de grande valor ao estudante da topografia sagrada. Quando os lugares estão fora do conhecimento do escritor, ele usa de especulação, como quando o autor nos fala que a Arca pode ser encontrada nas proximidades do Ararat. (17)

390 D.C. A PRIMEIRA COMPILAÇÃO COMPLETA DO VELHO E NOVO TESTAMENTO: No Concílio de Hipona, a Igreja católica reuniu os vários livros que reivindicaram serem escrituras, revisou cada um e decidiu quais eram inspirados ou não. A Igreja católica reuniu todos os livros e epístolas inspirados em um volume chamado A Versão de Septuaginta do Velho Testamento (que foi traduzida por setenta estudiosos em Alexandria, Egito por volta de 227 a.C. e foi a versão que Cristo e os apóstolos usaram) e é a mesma Bíblia que temos hoje. A Igreja católica deu-nos então, a Bíblia. (2)

400 D.C. A MAIOR PARTE DAS ESCRITURAS SAGRADAS TRADUZIDAS: Nas línguas siríaco, cóptico, etíope, georgiano(8). Na região do Reno e Danúbio (Império romano) UMA versão gótica foi traduzida pelo bispo gótico Ulfilas (318-388), quem, depois de inventar um alfabeto, produziu uma versão das Escrituras da septuaginta do VT e do grego. (10)

406 D.C. A TRADUÇÃO ARMÊNIA: Em 406 o alfabeto armênio foi inventado por Mesrob, que cinco anos depois completou uma tradução do VT e NT da versão siría em armênio. (10)

405 D.C. A PRIMEIRA TRADUÇÃO DA BÍBLIA COMPLETA NA LINGUAGEM COMUM: A Vulgata latino, de latin editio vulgata,: "versão comum", a Bíblia ainda usada pela Igreja católica romana, foi traduzida por S. Jerônimo (quem os tradutores da versão KJV de 1611 em seu prefácio o chamaram de "o pai mais instruído, e o melhor lingüista de sua época ou de qualquer antes dele"). Em 382, o papa Dâmaso pediu a Jerônimo, o maior estudioso bíblico de sua época, que produzisse uma versão latina aceitável da Bíblia das várias traduções que eram então usadas. Sua tradução latina revisada dos Evangelhos apareceu em 383. Usou a versão da Septuaginta grega do VT do qual ele produziu uma nova tradução latina, um processo que ele completou em 405. (3) É como tradutor das Escrituras que Jerônimo é mais conhecido. Sua Vulgata foi feita no momento certo e pelo homem certo. O latim ainda estava vivo, apesar do Império Romano estar desaparecendo. E Jerônimo era mestre em latim. (17)

450-550 A.D O BEZAE CANTABRIGIENSIS (TAMBÉM CHAMADO CÓDICE BEZAE): Este é o manuscrito bilíngüe mais antigo existente, com o grego na página esquerda, e latim à direita. O Bezae Cantabrigiensis era um texto ocidental copiado c. 450-550 e que preservou a maior parte dos quatro Evangelhos e partes de Atos.

SÉCULO VII - A PRIMEIRA TRADUÇÃO DA BÍBLIA EM PARA O FRANCÊS: As versões francesas dos Salmos e o Apocalipse, e um métrico do Livro de Reis, apareceu no sétimo século. (9) Em 1223 uma tradução completa foi feita sob o rei católico Louis, o Piedoso. Isto foi 320 anos antes da primeira versão francesa protestante. (7) Até o décimo quarto século, foram produzidas muitas histórias da Bíblia.

SÉCULO VII - A PRIMEIRA VERSÃO ALEMÃ: A história da pesquisa Bíblica mostra que as numerosas versões parciais no vernáculo na Alemanha aparecem nos séc. VII e VIII. Tambémabundância dessas versões nos séc. XIII e XIV, e uma Bíblia completa no séc.XV, antes da invenção da imprensa. (9)

SÉCULO VIII - A PRIMEIRA TRADUÇÃO DA BÍBLIA EM INGLÊS: Por Adelmo, bispo de Sherborne, e Bede. Uma tradução do século IX da Bíblia para o inglês (no dialeto anglo-saxão) foi feita por Alfred. Uma tradução do séc. X para inglês foi feita por Aelfric. (7) Foi feita uma tradução em 1361 da maior parte das Escrituras no dialeto inglês (anglo-normando). (3) Isto foi vinte anos antes da tradução de Wycliffe em 1381. (3)

SÉCULOS VIII e IX - O USO DA FORMA DE ESCRITA CHAMADA "MINÚSCULA": Como o bloqueio do comércio oriental de papiro fez o mercado ocidental usar o pergaminho, o fator econômico ficou potente. Para caber mais letras na página, o copista teve de usar letras menores e apertadas. Alguns, para preservar suas formas, colocavam algumas acima e outras abaixo linha. O resultado foi uma forma de escrita chamada "Minúscula"—pequenas letras, com iniciais maiúsculas para ênfase. Este sistem ainda é usado hoje. Foi uma mudança gramatical da "Maiúscula" - que consistia de ltras grandes usadas pelos gregos, romanos e judeus. (16)

SÉCULO IX - A PRIMEIRA TRADUÇÃO ESLAVA DA BÍBLIA: Os santos católicos Cirilo e Metódio pregaram o Evangelho para os eslavos na segunda metade do nono século e S. Cirilo, tendo formado um alfabeto, fez para eles uma versãoVelho Eclesiástico Eslavo, ou Búlgaro, uma tradução da Bíblia do grego. No fim do décimo século esta versão entrou na Rússia e depois do décimo segundo século sofreu muitas mudanças lingüísticas e textuais. Uma Bíblia eslava completa foi feita de um códice antigo no tempo de Waldimir (m. 1008) foi publicada em ostrogodo em 1581.(9)

1170 D.C. A PRIMEIRA BÍBLIA PARALELA EM INGLÊS: O Psalterium Triplex de Eadwine, que continha a versão latina acompanhada por textos anglo-normandos e anglo-saxões, se tornou a base de versões anglo-normandas. (3)

SÉC. XII - A PRIMEIRA DIVISÃO DE CAPÍTULOS: Foi o arcebispo católico britânico de Canterbury, St. Estêvão Langton (morreu em 1228), foi o primeiro a dividir as Escrituras em capítulos: 1.163 capítulos no VT e 260 no NT. (4)

SÉC. XIII - A PRIMEIRA TRADUÇÃO DA BÍBLIA EM ESPANHOL: Sob o rei Alfonso V de Espanha. (7)

1230 D.C. A PRIMEIRA CONCORDÂNCIA: Uma concordância da Bíblia da Vulgata latina foi compilada pelo frade dominicano Hugo de São Cher. (5)

1300 D.C. A PRIMEIRA TRADUÇÃO DA BÍBLIA EM NORUEGUÊS: O mais antiga e celebrada é a tradução de Gênesis-Reis chamada Stjórn ("Direção"; i.e., de Deus) em norueguês antigo, em 1300. As versões suecas do Pentateuco e de Atos sobreviveram do décimo quarto século e um manuscrito de Josué-Juízes por Nicholaus Ragnvaldi de Vadstena de c. 1500. A versão dinamarquesa mais antiga de Genêsis-Reis deriva de 1470. (11)

1454 D.C. A PRIMEIRA BÍBLIA IMPRESSA: Um católico chamado Gutenberg causou grande excitação quando no outono daquele ano exibiu uma amostra na feira do comércio de Frankfurt. Gutenberg rapidamente vendeu todas as 180 cópias da Bíblia da Vulgata latina até mesmo antes da impressão estar acabada. (6)


1466 D.C. A PRIMEIRA BÍBLIA IMPRESSA EM ALEMÃ: Isto foi cinqüenta oito anos antes de Lutero fazer sua Bíblia alemã em 1524. (8) Nestes cinqüenta e oito anos os católicos imprimiram 30 diferentes edições alemãs da Bíblia.

1470 D.C. A PRIMEIRA BÍBLIA IMPRESSA EM ESCANDINAVO: No décimo quarto século, foram feitas versões das Epístolas dominicas e dos Evangelhos para uso popular na Dinamarca. Grandes partes da Bíblia, se não uma versão inteira, foi publicada em 1470. (9)

1471 D.C. A PRIMEIRA BÍBLIA ITALIANA:(8) Muitos anos antes de Lutero fazer sua Bíblia (começou em 1522) os católicos tinham feito 20 diferentes edições italianas da Bíblia.

1475 D.C. A PRIMEIRA BÍBLIA IMPRESSA EM HOLANDÊS: A primeira Bíblia em holandês foi impressa por católicos na Holanda em Delft em 1475. Algumas foram impressas por Jacob van Leisveldt em Antwerp (9)

1478 D.C. A PRIMEIRA BÍBLIA IMPRESSA EM ESPANHOL:(8 ) Muitos anos antes de Lutero fazer sua Bíblia (começou em 1522) os católicos tinham feito 2 diferentes edições espanholas da Bíblia.

1466 D.C. O PRIMEIRA BÍBLIA IMPRESSA EM FRANCÊS:(8) Muitos anos antes de Lutero fazer sua Bíblia (começou em 1522) os católicos tinham feito 26 diferentes edições francesas da Bíblia.

1516 D.C. A PRIMEIRA IMPRESSÃO DO NOVO TESTAMENTO GREGO: Um católico chamado Erasmofez a primeira impressão de seu NT grego. (8) Muitos anos antes de Lutero fazer sua Bíblia (começou em 1522) os católicos tinham feito 22 diferentes edições gregas da Bíblia.

1534 D.C. O PRIMEIRO USO DE ITÁLICOS PARA INDICAR PALAVRAS QUE NÃO ESTAVAM NO ORIGINAL: Um católico chamado Munster foi o primeiro em usar itálicos para indicar palavrasque não estavam nos textos originais grego e hebraico, em sua versão da Vulgata latina. (13)

1548 D.C. AS PRIMEIRAS VERSÕES CHINESAS: Entre as traduções mais antigas uma versão é a de S. Mateus por Anger, um católico japonês (Goa, 1548). O jesuíta Padre de Mailla escreveu para uma explicação dos Evangelhos para domingos e festas em 1740, (9)

1551 D.C. A PRIMEIRA DIVISÃO DE VERSÍCULOS: A primeira divisão da Bíblia em versículos é vista pela primeira vez em uma edição doNT grego publicada em Paris pelo católico Robert Stephens. (10)

1555 D.C. A PRIMEIRA BÍBLIA IMPRESSA COMPLETA COM CAPÍTULOS E VERSÍCULOS: A primeira divisão da Bíblia em capítulos e versículos é vista pela primeira vez em uma edição do Vulgata publicada em Paris pelo católico Robert Stephens. (10)

1561 D.C. A PRIMEIRA BÍBLIA COMPLETA EM POLONÊS: Foi impressa em Cracóvia em 1561, 1574, e 1577. Jacob Wujek, S.J., fez uma nova tradução da Vulgata (Cracóvia, 1593) admirada por Clemente VIII e que foi muito reimpressa. (9)

1579 D.C. A PRIMEIRA VERSÃO MEXICANA: A primeira Bíblia conhecida no México foi uma versão dos Evangelhos e Epístolas em 1579 por Dídaco de S. Maria, O.P., e o Livro de Provérbios por Louis Rodríguez, O.S.F. Uma versão do NT foi feita em 1829, mas o Evangelho de S. Lucas foi impresso. (9)

1836 D.C. A PRIMEIRA TRADUÇÃO DA BÍBLIA PARA O JAPONÊS: Uma versão do evangelho de S. João e dos Atos foi editada em katakana (tipo quadrado) em Cingapura (1836) por Charles Gutzlaff (9)

Referências:
1) Encarta Encyclopedia © 1997-2000
2) The Faith of Our Fathers, p. 68 © 1917.
See also Who’s Who in the Bible © 1986
3) Encyclopedia Britannica © 1999-2000
4) The Only Begotten, Chapter 7, p. 130 by Michael Malone: CATHOLIC TREASURES, © 1997
5) Funk & Wagnalls Standard Reference Encyclopedia © 1951 Volume 4
6) The Bible Through the Ages © 1996, Readers Digest Association, New York.
7) Imperial Encyclopedia and Dictionary © 1904 Volume 4, Hanry G. Allen & Company
8) Holman Bible Dictionary © 1991
9) The Catholic Encyclopedia, Volume XV Copyright © 1912
10)The Zondervan Pictorial Bible Dictionary © 1977
11)The Encyclopedia Britannica © 1999-2000
12)"What Say You?" p. 244-289 © 1945 By David Goldstein,
13)English Versions of the Bible © 1952
14)De Missa privata, ed by Jensen, VI, Pg 92
15)Eerdmans Dictionary of the Bible © 2000, Pg 828
16)Mediaeval history © 1967, pg 166-167
17)The Comlete Christian Collection © 1999
18)The Age of Martyrs © 1959

Charles the Hammer
Tradução: Stephen Adams

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A Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas - com Referências, no seu Prefácio datado de 1 de Janeiro de 1984, expressa os sentimentos da Comissão da Tradução do Novo Mundo referentes ao seu trabalho, com as seguintes palavras:

um assunto de muita responsabilidade traduzir as Escrituras Sagradas dos idiomas originais, hebraico, aramaico e grego, para um idioma moderno. A tradução das Escrituras Sagradas significa verter em outro idioma os pensamentos e as declarações do Autor celestial, Jeová Deus, desta biblioteca sagrada de sessenta e seis livros, escritos sob inspiração por homens santos da antiguidade para nosso benefício na atualidade. Isto induz a reflexões sóbrias. Os tradutores desta obra, que temem e amam o Autor divino das Escrituras Sagradas, sentem de modo especial a responsabilidade para com Ele, no sentido de transmitir Seus pensamentos e Suas declarações do modo mais exato possível. Sentem também a responsabilidade para com os leitores pesquisadores que dependem duma tradução da Palavra inspirada do Deus Altíssimo para a sua salvação eterna."

[editar] Os tradutores e as suas qualificações académicas

Quando a Comissão da Tradução do Novo Mundo doou todos os direitos de autor sobre a sua tradução da Bíblia à Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados de Pensilvânia, pediu que seus membros permanecessem no anonimato, mesmo depois de sua morte. Esta opção da Comissão foi explicada da seguinte forma:

"Os tradutores não buscavam proeminência para si, mas apenas dar honra ao Autor Divino das Escrituras Sagradas." [3]

Outras comissões de tradução adoptaram um conceito similar. Por exemplo, a sobre-capa da Edição de Referências da Nova Bíblia Normal Americana, (1971, em inglês), declara:

"Não usamos o nome de nenhum erudito para referencia ou recomendações, porque cremos que a Palavra de Deus deve destacar-se pelo seu próprio mérito."

Por não se fornecerem nomes nem qualificações académicas, a Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas tem de ser avaliada pelos seus próprios méritos. Isto pode ser feito, em especial por se usar a Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas - com Referências. Esta edição contém uma Introdução com explicações sobre os fundamentos usados para a tradução, mais de 125.000 referências marginais, mais de 11.000 notas de rodapé, uma concordância extensiva, mapas, e 43 artigos no apêndice.

Em Outubro de 1946, Nathan Homer Knorr, presidente da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, propôs que a Sociedade Torre de Vigia produzisse uma tradução inteiramente nova das Escrituras Gregas Cristãs. É então constituída, para esse fim, a Comissão de Tradução do Novo Mundo da Bíblia. A expressão "Escrituras Gregas Cristãs", descrição que as Testemunhas consideram mais correcta do que a popular Novo Testamento [4], foi adoptada para se distinguir da versão Septuaginta Grega (LXX).

O trabalho de tradução para o inglês, que se tornaria o texto base para todos os outros idiomas, começou em 2 de Dezembro de 1947. Em 3 de Setembro de 1949, numa reunião conjunta das directorias das Sociedades de Torre de Vigia de Bíblias e Tratados de Pensilvânia e de Nova Iorque (apenas um director estando ausente), foi anunciado que a Comissão da Tradução do Novo Mundo da Bíblia havia terminado o trabalho de tradução em linguagem moderna das Escrituras Gregas Cristãs e a havia entregue à Sociedade para publicação. Era uma tradução inteiramente nova. A equipa da Gráfica de Brooklyn começou a trabalhar na primeira parte do manuscrito das Escrituras Gregas Cristãs, em 29 de Setembro de 1949.

Em 2 de Agosto de 1950, é publicada a Tradução do Novo Mundo das Escrituras Gregas Cristãs, em inglês. Tornou-se disponível em português, em 1963. Depois disso, as Escrituras Hebraicas foram traduzidas para o inglês, sendo que a Tradução do Novo Mundo das Escrituras Hebraicas foi publicada progressivamente, em 5 diferentes volumes, a partir de 1953.

Em 1961, a Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas, em inglês, é publicada num único volume. Tornou-se disponível em português, em 1967. Uma segunda revisão foi publicada em 1970, e uma terceira revisão, com notas de rodapé, seguiu-se em 1971.

Em 1984, foi lançada em inglês a Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas - com Referências. Tornou-se disponível em português em 1987. Esta inclui uma actualização do texto e revisão completas das notas marginais que foram inicialmente apresentadas, em inglês, de 1950 a 1960. Elaborada para o estudo do texto bíblico, contém mais de 125 mil referências marginais, mais de 11.400 notas de rodapé, uma concordância extensiva, mapas bíblicos e 43 artigos no Apêndice. Simultaneamente, foi editada para uso corrente, a Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas - Edição Normal, com revisão de 1984. Ficou disponível em português em 1986.

Em 1998, a Tradução do Novo Mundo alcançou os 100 milhões de cópias, tornando-se uma das versões mais distribuídas do Século XX [5].

[editar] Apresentação da edição impressa

A edição impressa mais comum da Tradução do Novo Mundo foi amplamente distribuída numa versão em capa dura, inicialmente de cor verde e posteriormente em preto. Uma versão considerada de luxo possui capa flexível de couro, de cor preta ou vermelho escuro, com um acabamento a dourado nas páginas. Tanto a edição regular como a de luxo possuem remissões cruzadas dos versículos numa coluna estreita no centro das páginas, bem como uma concordância, alguns mapas e apêndices após o texto bíblico, tendo o título "Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas" a letras gravadas a ouro na capa. Da edição regular foi lançada uma versão em tipos grandes num único volume e da edição de luxo existe ainda uma versão de bolso, ambas sem as remissões cruzadas. A edição com referências marginais de rodapé é de tamanho grande, usualmente de cor castanha ou marrom.

A partir de 2005 a capa dura foi substituída por uma capa flexível em cartão, portanto com um acabamento mais barato, permitindo assim uma distribuição mais ampla. Em menos de um ano, mais de um milhão destas novas Bíblias foram impressas e distribuídas.

[editar] Idiomas e outros formatos disponíveis

Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas

Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas

Até Setembro de 2007, a Tradução do Novo Mundo havia sido publicada em 64 idiomas, chegando ao total de 143.458.577 exemplares impressos [6]. A tradução para outros idiomas baseia-se no texto original em inglês.

A Tradução do Novo Mundo contendo o texto completo das Escrituras Sagradas está disponível em africâner, albanês, alemão, árabe, cebuano, chinês, chinês tradicional, chinês simplificado, pinyin), coreano, croata, dinamarquês, espanhol (também em braille), eslovaco, inglês (também em braille), finlandês, francês, georgiano, grego, holandês, húngaro, ilocano, indonésio, italiano, japonês, macedônio, norueguês, polaco ou polonês, português (também em braille), romeno, russo, sérvio (cirílico e caracteres latinos), sesotho, shona, suaíli, sueco, tagalo, tcheco, tsonga, tsvana, xhosa, ioruba e zulu.

Além da edição completa, encontra-se ainda disponível a versão contendo apenas as Escrituras Gregas Cristãs em Língua de Sinais Americana, armênio, búlgaro, chichewa, efik, esloveno, igbo, braille italiano, lingala, malgaxe, maltês, osseto, sepedi, sinhala, sranantongo, turco, twi e ucraniano.

Deu-se atenção aos que têm necessidades especiais. Para ajudar os que têm dificuldades de visão, em 1985 foi publicada em inglês a Tradução do Novo Mundo completa em quatro volumes, em tipos ou letras grandes. Logo depois, essa mesma edição foi impressa em alemão, francês, espanhol e japonês. Antes disso, em 1983, a Tradução do Novo Mundo das Escrituras Gregas Cristãs, em quatro volumes, foi colocada à disposição em braille inglês, grau dois. Depois de cinco anos, a Tradução do Novo Mundo completa havia sido produzida em braille inglês em 18 volumes.

Em 1992, a Tradução do Novo Mundo, toda ou em parte, estava disponível em fitas cassete em 14 idiomas. De início, algumas filiais contratavam os serviços de empresas de fora. Relata-se que até 1992, com o seu próprio equipamento, a Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados havia produzido mais de 31.000.000 dessas fitas cassete. Hoje, a Tradução do Novo Mundo encontra-se também disponível em DVD (ASL), CD-ROM e On-line.

[editar] Tradução Interlinear do Reino das Escrituras Gregas

Como parte do empenho da Comissão da Tradução do Novo Mundo da Bíblia de ajudar os leitores a se familiarizarem com o conteúdo do texto original em koiné (grego comum) das Escrituras Gregas Cristãs, a Comissão produziu a versão The Kingdom Interlinear Translation of the Greek Scriptures, uma tradução interlinear grego-inglês das Escrituras Gregas. Foi originalmente publicada pela Sociedade Torre de Vigia em 1969 e daí atualizada em 1985. Contém The New Testament in the Original Greek, compilado por Brook Foss Westcott e Fenton John Anthony Hort. No lado direito da página aparece o texto em inglês da Tradução do Novo Mundo (a revisão de 1984 na edição atualizada). Mas, entre as linhas do texto grego, há outra tradução literal do grego, palavra por palavra, segundo o sentido básico e forma gramatical de cada termo.

[editar] Fundamentos da tradução

Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas, versão com Referências

Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas, versão com Referências

Na sua Introdução, a edição de 1986 da Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas - com Referências, considerada pelas Testemunhas uma edição mais completa e adequada ao estudo do texto bíblico, expressou a preocupação dos tradutores da seguinte forma:

"Na Tradução do Novo Mundo fez-se empenho de captar a autoridade, o poder, o dinamismo e a franqueza das originais Escrituras Hebraicas e Gregas, e transmitir estas características em português moderno. Não se apresentam paráfrases das Escrituras. Antes, houve empenho de fazer a tradução o mais literal possível, tanto quanto permite o moderno português idiomático e quando a tradução literal não oculta o sentido pela dificuldade de expressão. Assim se satisfaz o desejo daqueles que são escrupulosos quanto a obter uma declaração quase que palavra por palavra do texto original. Reconhece-se que mesmo uma questão aparentemente tão insignificante como o uso ou a omissão duma vírgula, ou dum artigo definido ou indefinido, pode às vezes alterar o sentido correto da passagem original. Evitou-se tomar liberdades com os textos apenas com o fim de ser mais conciso, ou substituí-los por algum paralelo moderno quando a tradução literal do original tem sentido claro. Manteve-se a uniformidade de tradução por atribuir um só sentido a cada palavra principal e por reter este sentido tanto quanto o contexto permitiu. Isso às vezes impôs limitações à escolha de palavras, mas ajuda nas remissões e na comparação de textos relacionados."

Na Introdução informa-se ainda qual a fonte padrão para o texto da Tradução, conforme se segue:

[editar] Texto hebraico

O texto hebraico massorético, usado na preparação do texto das Escrituras Hebraicas é o Códice de Leningrado B 19A, conforme apresentado na Bíblia Hebraica de Rudolf Kittel (sigla BHK), na 7ª, na 8ª e na 9ª edição (1951-55). Uma actualização desta obra, conhecida por Bíblia Hebraica Stuttgartensia (sigla BHS), Edição de 1977, foi usada na sua actualização e no sistema de notas da Edição de 1984.

[editar] Texto grego

O texto grego padrão usado na preparação das Escrituras Gregas Cristãs (ou Novo Testamento) é o do O Novo Testamento no Grego Original, dos eruditos bíblicos Westcott e Hort (reimpresso em 1948, originalmente publicado em 1881). Também foram consultados os textos gregos de Bover, de Merk, da Sociedades Bíblicas Unidas (sigla UBS), de Nestle-Aland e de outros. Usualmente, as transliterações da Septuaginta Grega (sigla LXX), foram baseadas no texto de Alfred Rahlfs, Deutsche Bibelgesellschaft (Sociedade Bíblica Alemã ), Stuttgart, 1935. Outras fontes gregas são indicadas pelos seus respectivos símbolos.

[editar] Texto siríaco

É usada a Siríaco Peshitta, S. Lee, Edição de 1826, reimpressa pelas Sociedades Bíblicas Unidas (UBS), 1979. O seu texto foi traduzido do hebraico, no Século II EC e era o Texto-padrão dos cristãos sírios. Peshito, que significa "simples", "vulgar" ou "comum". Posteriormente, foi feita uma revisão do texto usando a Septuaginta Grega. Outras versões siríacas são indicadas pelos seus respectivos símbolos.

[editar] Texto latino

A edição da Vulgata Latina (sigla Vg) usada é a Bíblia Sacra, Iuxta Vulgatam Versionem, Württembergische Bibelanstalt, Stuttgart, 1975. Existem cerca de 8 mil manuscritos da Vulgata Latina. Esta tradução bíblica foi feita no ano 404 EC por São Jerónimo, a pedido do Papa Dâmaso I. Tornou-se na Bíblia oficial da Igreja Católica durante toda a Idade Média, na Europa Ocidental. Outras versões latinas são indicadas pelos seus respectivos símbolos.

[editar] Uso dos apócrifos

Os livros que a Igreja Católica chama de livros deuterocanónicos ("segundo Cânon") e as adições aos livros bíblicos de Daniel e Ester (chamados de protocanónicos, "primeiro Cânon"), são considerados pelas Testemunhas de Jeová como livros não canónicos, ou seja, livros apócrifos. Porém, reconhece-se valor histórico aos livros de Macabeus. Veja também os artigos Bíblia, Cânon Bíblico e Apócrifos.

[editar] Opinião de críticos e defensores

Apesar do pedido de anonimato, alguns críticos afirmam que a identidade dos membros da Comissão da Tradução do Novo Mundo era bem conhecida por todos os que, nesse tempo, trabalhavam na Sede da Sociedade Torre de Vigia (dos EUA), em Brooklyn, Nova Iorque. Acrescentam que uma das razões de não aparecerem os nomes dos membros da Comissão de Tradução é por que estes não possuíam habilitações académicas para serem tradutores bíblicos. Afirmam que os membros desta Comissão foram Frederick Franz, Nathan Knorr, Albert Schroeder, Karl Klein, Milton Henschel e George Gangas.

Segundo os críticos, Frederick Franz era o único membro capaz entre os membros da Comissão da Tradução do Novo Mundo para fazer um trabalho de tradução. Afirmam ainda que George Gangas, um turco que falava grego, sabia pouco de grego bíblico (ou grego koiné). Também acrescentam que Albert Schroeder e Karl Klein fizeram as muitas notas de rodapé e marginais, bem como as referências cruzadas que nos 6 volumes originais da Tradução do Novo Mundo eram mais numerosos do que na edição revisada de 1984. Outros elementos anónimos como assistentes desta Comissão, talvez possuindo melhores habilitações, poderão ter contribuído na sua elaboração, nas sucessivas revisões, bem como na tradução em outros idiomas. Qualquer referência a nomes, no entanto, permanece como especulação visto que nada foi publicado até hoje sobre o assunto.

Certos eruditos afirmam que a Tradução do Novo Mundo é uma paráfrase e não uma tradução literal do idiomas originais. Segundo a opinião de outros críticos, é uma obra deturpada, tendenciosa e cheia de interpolações. H. H. Rowley, um estudioso do Velho Testamento, da Inglaterra, escreveu sobre o primeiro volume da Tradução do Novo Mundo das Escrituras Hebraicos:

"A tradução é marcada por um literalismo que só exasperará qualquer leitor inteligente - se é que eles tem um leitor inteligente - e em vez de mostrar reverência para a Bíblia, que os tradutores professam, é um insulto à Palavra de Deus."[7]

Para avaliar a confiabilidade da obra dos tradutores, o erudito Dr. Jason D. BeDuhn, professor-associado de estudos religiosos da Universidade do Norte do Arizona, em Flagstaff, Arizona, Estados Unidos, examinou e comparou a exatidão de oito importantes traduções, inclusive a Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas, publicada pelas Testemunhas de Jeová. Embora criticasse algumas opções de tradução que foram usadas na Tradução do Novo Mundo, referindo que a Comissão de Tradução "mudou o texto bíblico para se adequar à sua própria teologia em muitos lugares", BeDuhn classificou-a como "notavelmente boa", "muito melhor" e "consistentemente melhor" do que algumas das outras avaliadas. De modo geral, concluiu BeDuhn, a Tradução do Novo Mundo "é uma das traduções em inglês mais exatas do Novo Testamento que estão disponíveis" e "a mais exata das traduções que foram comparadas". BeDuhn disse também que muitos tradutores estavam sujeitos à pressão de "parafrasear o que a Bíblia diz ou de fazer acréscimos para harmonizá-la com o que os leitores modernos querem e precisam que ela diga". Por outro lado, a Tradução do Novo Mundo é diferente, observou BeDuhn, por ser "mais exacta como tradução literal e conservar as expressões originais dos escritores do Novo Testamento". Acrescentou quanto à opinião dos críticos:

"A sinceridade e a fé de cada Testemunhas de Jeová não estão em questão, nem a sua confiança na qualidade do trabalho de tradução da Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas. O que acontece é que eruditos, tanto cristãos como não-cristãos, têm atacado fortemente a exegese da Tradução do Novo Mundo quando esta apresenta uma determinada posição teológica, pois essa exegese tem influenciado as vidas de milhões de pessoas em todo o mundo." [8]

Apesar das críticas, esta tradução possuí também os seus defensores. Por exemplo, em 1989, o professor Benjamin Kedar, de Israel, disse:

"Em minha pesquisa linguística relacionada com a Bíblia hebraica e suas traduções, várias vezes eu consulto a edição em inglês do que é conhecido como Tradução do Novo Mundo. Ao fazer assim, confirmo repetidamente meu conceito de que essa obra reflecte um esforço honesto de obter uma compreensão do texto tão precisa quanto é possível. Dando evidência de amplo domínio da língua original, verte inteligivelmente as palavras originais para um segundo idioma sem se desviar desnecessariamente da estrutura específica do hebraico. (...) Toda a declaração linguística permite certa latitude de interpretação ou de tradução. Assim, a solução linguística em qualquer dado caso pode ser discutida. Mas, eu nunca descobri na Tradução do Novo Mundo intento preconceituoso de dar ao texto uma interpretação que este não contenha."

Também, o erudito e crítico bíblico britânico Alexander Thomson, por ocasião do lançamento do primeiro volume da "Tradução do Novo Mundo das Escrituras Hebraicas", escreveu:

"São pouquíssimas as traduções das Escrituras Hebraicas vertidas do idioma original para o inglês. Portanto, dá-nos muita satisfação acolher a publicação da primeira parte da Tradução do Novo Mundo, de Génesis a Rute. Esta versão fez evidentemente esforço especial de ser muitíssimo fácil de ler. Ninguém poderia dizer que é deficiente na sua novidade e originalidade. A sua terminologia não se baseia de forma alguma na de versões anteriores."[9]

Quanto às Escrituras Gregas Cristãs, ele observou que a Tradução do Novo Mundo é notável na tradução exacta do tempo presente do grego. Para ilustrar isso, referiu o exemplo de Efésios 5:25 que a Tradução do Novo Mundo verte: "Maridos, continuai a amar as vossas esposas", em vez de dizer apenas: "Maridos, amai as vossas mulheres." (Tradução Matos Soares) Concluiu então:

"Nenhuma outra versão parece ter demonstrado esta particularidade notável com tal plenitude e frequência. (...) A tradução é evidentemente obra de eruditos peritos e talentosos, que procuraram ressaltar o verdadeiro sentido do texto grego tanto quanto a língua inglesa seja capaz de expressar." [10]

Referente à Tradução do Novo Mundo das Escrituras Gregas Cristãs, Edgar J. Goodspeed, tradutor do "Novo Testamento" grego na versão "An American Translation", escreveu numa carta de 8 de Dezembro de 1950 dirigida à Sociedade Torre de Vigia:

"Estou interessado na obra missionária realizada por vós, e no seu alcance mundial, e agrada-me muito a tradução livre, franca e vigorosa. Ela exibe uma ampla gama de erudição séria e sólida, conforme posso atestar."

O periódico Andover Newton Quarterly, de Janeiro de 1963, disse a respeito da tradução das Escrituras Gregas Cristãs:

"A tradução do Novo Testamento é evidência da presença, no movimento, de peritos habilitados a lidar de forma inteligente com os muitos problemas da tradução bíblica."

Em 1987, a revista Veja, semanário de destaque no Brasil, descreveu a Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas - com Referências como a "mais completa versão das Escrituras" no país até então.

Concernente à Tradução Interlinear do Reino das Escrituras Gregas (The Kingdom Interlinear Translation of the Greek Scriptures), sobre a qual se dão informações em subtópico específico neste artigo, Thomas N. Winter, da Universidade de Nebraska, Estados Unidos da América, escreveu numa crítica no "The Classical Journal":

"Não se trata de uma interlinear comum: a integridade do texto é preservada, e o inglês que aparece embaixo dele é simplesmente o sentido básico da palavra grega. Assim, o caráter interlinear desse livro realmente não é de tradução. Seria mais corretamente chamado de texto com vocabulário instantâneo. Uma tradução em inglês fluente aparece numa coluna estreita na margem direita das páginas."

Também o já acima referido Dr. Jason BeDuhn escreveu para a Sociedade Torre de Vigia descrevendo a The Kingdom Interlinear Translation of the Greek Scriptures (Tradução Interlinear do Reino das Escrituras Gregas), da seguinte forma:

"Acabei de dar um curso para o Departamento de Estudos Religiosos da Universidade de Indiana, em Bloomington. Esse é basicamente um curso sobre os Evangelhos. Os senhores me ajudaram através dos vários exemplares de The Kingdom Interlinear Translation of the Greek Scriptures, que meus alunos usaram como um dos compêndios para as aulas. Esses pequenos volumes foram inestimáveis para o curso e muito populares entre os estudantes."

Ele esclareceu ainda porque preferia esta versão nos seus cursos, escrevendo:

"Simplesmente porque é o melhor Novo Testamento interlinear disponível. Sou erudito qualificado em assuntos bíblicos, familiarizado com os compêndios e instrumentos usados atualmente no estudo da Bíblia. A propósito, não sou Testemunha de Jeová. Mas conheço uma publicação de qualidade quando a vejo, e a sua 'Comissão da Tradução do Novo Mundo da Bíblia' fez um bom trabalho. Sua tradução interlinear para o inglês é correcta e tão consistente que obriga o leitor a encarar as diferenças linguísticas, culturais e conceituais entre o mundo de língua grega e o nosso. A sua "Tradução do Novo Mundo" é uma obra de alta qualidade e literal, que evita interpretações tradicionais a fim de ser fiel ao grego. É, em muitos sentidos, superior às traduções mais vendidas em uso atualmente."

[editar] Algumas opções de tradução controversas

Salmo 83:18 - Aspecto do texto na versão da TNM com Referências

Salmo 83:18 - Aspecto do texto na versão da TNM com Referências

Alguns escolhas efectuadas pela Comissão da Tradução do Novo Mundo para apresentar determinadas passagens das Escrituras Hebraicas e Gregas têm merecido comentários negativos de alguns críticos visto que, em alguns casos, divergem da maioria das traduções disponíveis. Para fundamentar as sua opções, a Comissão da Tradução incluiu nas notas de rodapé bem como nos apêndices da Edição Com Referências, as razões que levaram à escolha de determinados termos em detrimento de outros. Também indicaram as formas alternativas que consideram aceitáveis para traduzir diversas passagens. Ao longo dos anos, várias publicações da Sociedade Torre de Vigia também apresentaram razões para tais escolhas.

[editar] Porque há versículos que faltam

Mateus 18:11; 23:14; Marcos 7:16; 9:44 e 46; 11:26; Lucas 17:36; João 5:4; Atos 8:37; 15:34; 24:7; e Romanos 16:24 não se encontram nos manuscritos mais antigos. Por isso, a Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas possuí um traço em seu lugar. Mas esses versículos também não são encontrados em algumas traduções. Uma comparação com traduções modernas, como The New English Bible (NEB) e a Bíblia de Jerusalém (BJ), mostra que outras comissões tradutoras também reconheceram, em notas de rodapé, que os versículos em questão não fazem parte do texto bíblico. Em alguns casos, foram copiados de outra parte da Bíblia e acrescentados ao texto por um escriba [11].

[editar] Versículos controversos

Em todos os versículos apresentados para análise abaixo é utilizada a Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas - com Referências, edição de 1986, editada pela Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados da Pensilvânia.

[editar] Génesis 10:9

  • "Apresentou-se como poderoso caçador em oposição a Jeová. É por isso que há um ditado: 'Igual a Ninrode, poderoso caçador em oposição a Jeová.'"

A maioria das traduções traduz este versículo com a expressão "diante de" ao invés de "em oposição a". É de notar que a edição com Referências inclui a seguinte nota de rodapé: "Literalmente "diante de", mas no sentido de desafio e oposição a, como no caso da mesma expressão em Números 16:2; Josué 7:12, 13; 1 Crónicas 14:8; 2 Crónicas 14:10; Jó 23:4. Hebraico: lif·néh; grego: e·nan·tí·on, em geral 'contra'."

Curiosamente, várias traduções utilizam a expressão "contra" ou similares para traduzir a palavra hebraica lif·néh em outros versículos, como por exemplo em 2 Crónicas 14:10:

"Asa saiu ao seu encontro e tomou posição no vale de Sefata, em Maresa." ("contra esta multidão", no versículo seguinte)

"Então Asa saiu contra ele; e ordenaram a batalha no vale de Zefatá, junto a Maressa."

"Asa foi enfrentá-lo. E se prepararam para a luta no vale de Sefata, em Maresa."

A obra Estudo Perspicaz das Escrituras, Volume III, página 91, editada pela Sociedade Torre de Vigia em 1990, sob o tópico Ninrode, explica o uso da expressão "em oposição a" para traduzir lif·néh da seguinte forma:

"Ele se distinguiu como poderoso caçador "diante de" (em sentido desfavorável; hebraico: lif·néh; "contra" ou "em oposição a"; compare isso com Números 16:2; 1 Crónicas 14:8; 2 Crónicas 14:10) Jeová. (Gênesis 10:9 nota) Embora, neste caso, alguns peritos atribuam um sentido favorável à preposição hebraica que significa "diante de", os targuns judaicos, os escritos do historiador Josefo e também o contexto do capítulo 10 de Gênesis sugerem que Ninrode era poderoso caçador em desafio a Jeová."

[editar] Jeremias 29:10

  • "Assim disse Jeová: De acordo com o cumprimento de setenta anos em Babilônia, voltarei minha atenção para vós, e vou confirmar para convosco a minha boa palavra por trazer-vos de volta a este lugar."

Alguns críticos mencionam que a Tradução do Novo Mundo é a única tradução bíblica que verte a expressão "em Babilónia", ao invés de "para Babilónia", como alegam estar declarado no Texto Massorético. Por sua vez, as Testemunhas apresentam várias traduções para que se possa efectuar a necessária comparação, conforme se poderá verificar seguindo o link abaixo.

Consulte também: Análise de Jeremias 29:10 na Tradução do Novo Mundo.

[editar] João 1:1

João 1:1 na Tradução do Novo Mundo

João 1:1 na Tradução do Novo Mundo

  • "No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com o Deus, e a Palavra era [um] deus."

Este é provavelmente um dos versículos mais contestados pelos críticos da Tradução do Novo Mundo. Assim, não surpreende que a Sociedade Torre de Vigia tenha emitido inúmeros comentários sobre a opção tomada pelos tradutores, utilizando diversas publicações ao longo dos anos. Este é um dos versículos mais importantes na defesa da doutrina da Santíssima Trindade que as Testemunhas rejeitam.

Várias traduções em português, vertem este versículo da seguinte forma:

"No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus."

"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus e o Verbo era Deus."

"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus."

  • Bíblia Sagrada Missionários da Difusora Bíblica Franciscanos Capuchinhos, edição de 2002

"No princípio existia o Verbo; o Verbo estava em Deus; e o Verbo era Deus."

Os trinitaristas afirmam que estas palavras significam que "o Verbo" ou "a Palavra" (grego: ho lógos) que veio à Terra como Jesus Cristo era o próprio Deus Todo-poderoso. No entanto, as Testemunhas contrapõem que, mesmo que essa ideia pudesse ser daí retirada, ainda assim o versículo não comprovaria a existência de uma Trindade uma vez que a chamada terceira pessoa, o Espírito Santo, não é mencionada ali. Também, ainda do ponto de vista doutrinal, afirmam que a expressão "estar com" ou "estar junto de", contradiz imediatamente que o Verbo pudesse ser Deus porque, arrazoam, se alguém está com outra pessoa não pode, ao mesmo tempo, ser essa outra pessoa.

Ainda assim, a principal razão para a Tradução do Novo Mundo optar por acrescentar o artigo indefinido "um" antes da última ocorrência da palavra Deus tem base gramatical, segundo as Testemunhas. Esta inserção, que não ocorre no texto original, é reconhecida na Tradução pela utilização de parênteses rectos ou colchetes resultando em: "...a Palavra era [um] deus." A justificação para esta inserção é explicada em dois passos:

  1. No versículo em causa, surge duas vezes o substantivo grego theós (em português: deus). Segundo as Testemunhas, a primeira ocorrência refere-se ao Deus Todo-poderoso, com quem a Palavra estava. Isto conclui-se pelo facto de que o primeiro theós é precedido pela palavra ton (em português: o), uma forma do artigo definido grego que aponta para uma identidade distinta, neste caso o Deus Todo-poderoso, sendo uma tradução mais precisa "e a Palavra estava com o Deus".
  2. Por outro lado, não existe artigo antes do segundo theós no versículo. A língua grega koiné possuía artigos definidos como "o", mas não tinha artigos indefinidos como "um". Assim, as Testemunhas e alguns eruditos afirmam que, quando um substantivo predicativo não é precedido por artigo definido, pode ser indefinido, dependendo do contexto.

Portanto, do ponto de vista das Testemunhas, João 1:1 destaca a qualidade da Palavra, que ela era "divina", "semelhante a deus", "um deus", mas não O Deus Todo-poderoso. Isto eliminaria a aparente contradição do texto visto que a Palavra seria um deus que estaria junto ao Deus Todo-poderoso, referindo-se assim o versículo a duas pessoas distintas.

Outras versões bíblicas com similar tradução do versículo

Com esta forma de pensar concordam também algumas traduções em diversas línguas, tais como:

Num comentário ao versículo, a Bíblia Âncora (em inglês) diz:

"Para preservar em inglês a diferença subtil de theos [deus] com e sem o artigo, alguns traduzem 'A Palavra era divina'."

Alguns afirmam, porém, que estas traduções violam uma regra da gramática do grego koiné publicada pelo perito em grego E. C. Colwell, em 1933. Ele afirmou que, em grego, o substantivo predicativo "tem o artigo [definido] quando se segue ao verbo; não tem o artigo [definido] quando precede ao verbo". A ser correcta esta regra, em João 1:1 o segundo substantivo theós, o predicado, precede o verbo. Assim, segundo Colwell, o texto aqui devia rezar "e [o] Deus era a Palavra." No entanto, a maioria, se não a totalidade das traduções não seguem esta regra em versículos tais como Marcos 11:32; João 4:19; 6:70; 8:44; 9:17; 10:1 e 12:6. Colwell teve de reconhecer isso a respeito do substantivo predicativo, pois admitiu: "É indefinido [um] nessa colocação apenas quando o contexto o exige." Assim, ele mesmo admite que quando o contexto o exige, os tradutores podem inserir um artigo indefinido na frente do substantivo nesse tipo de construção de frase. É isso que as Testemunhas fazem em relação a João 1:1 pois consideram que o testemunho da inteira Bíblia é que Jesus não é o Deus Todo-poderoso.

O facto de que várias traduções inserem o artigo indefinido "um" em João 1:1 e em outros lugares, torna evidente que muitos peritos discordam com a referida regra de Colwell. Por exemplo, Joseph Henry Thayer, teólogo e perito que trabalhou na Versão Padrão Americana American Standard Version, diz simplesmente:

"O Logos era divino, não o próprio Ser divino."

Citações de trinitaristas

As Testemunhas citam ainda as declarações de estudiosos de quem se afirma, ou que assumem pessoalmente, serem defensores da Trindade. Dizem recorrer a tais obras, cujo objectivo não era de forma alguma apoiar doutrinas anti-trinitárias, com o propósito de mostrar que mesmo esses autores admitem hipóteses alternativas de tradução do versículo.

Um destes casos é o do perito jesuíta John L. McKenzie que escreveu no seu Dictionary of the Bible [12]:

"João 1:1 deve ser rigorosamente traduzido 'o verbo estava com o Deus [= o Pai], e o verbo era um ser divino'." — (Os colchetes são dele. Publicado com o nihil obstat e o imprimatur.)

Algo similar acontece com a citação que as Testemunhas fazem do estudo de Philip B. Harner. No seu artigo "Substantivos Predicativos Anartros Qualificativos: Marcos 15:39 e João 1:1", publicado no Journal of Biblical Literature[13], Harner disse sobre cláusulas tais como a de João 1:1:

"...com um predicativo anartro precedendo o verbo, têm primariamente sentido qualificativo. Indicam que o logos tem a natureza de theos. Não há nenhuma base para se considerar o predicativo theos como determinativo."

Harner concluiu na página 87 do artigo:

"Em João 1:1, acho que a força qualificativa do predicativo se destaca tanto, que o substantivo não pode ser considerado como determinativo."

Outro exemplo é o do famoso tradutor bíblico, William Barclay, que escreveu:

"Agora, normalmente, excepto por motivos especiais, os substantivos gregos sempre têm o artigo definido diante de si. Quando um substantivo grego não tem o artigo diante de si, torna-se mais descrição do que identificação, e tem mais o carácter de adjectivo, em vez de substantivo. Podemos ver exactamente o mesmo em inglês [ou português]: Se eu disser: "Tiago é o homem", então identifico Tiago como certo homem específico, em quem estou pensando; mas, se eu disser: "Tiago é homem", então simplesmente descrevo Tiago como sendo humano, e a palavra homem torna-se uma descrição, não uma identificação. Se João tivesse dito "ho theos en ho logos", usando o artigo definido diante de ambos os substantivos, então ele teria definitivamente identificado o logos [a Palavra] com O Deus, mas, visto que não há artigo definido diante de theos, este se torna descrição, e mais como adjectivo do que como substantivo. A tradução seria então, de modo desajeitada: "A Palavra estava na mesma categoria que Deus, pertencente à mesma ordem de ser como Deus". João não está identificando aqui a Palavra com O Deus. Expresso de modo simples, ele não diz que Jesus era o Deus."[14]

Comparação com outros versículos

Um versículo às vezes apontado como exemplo da utilização coerente por parte da Tradução do Novo Mundo do artigo indefinido na tradução do texto grego é o de Atos 28:6. O contexto descreve uma ocasião em que uma cobra venenosa mordeu a mão do apóstolo Paulo e os habitantes de uma localidade da ilha de Malta ficaram convencidos que ele morreria. Quando isso não aconteceu, a Bíblia afirma:

"Mas eles esperavam que fosse inchar com uma inflamação ou cair repentinamente morto. Depois de terem esperado por muito tempo e terem observado que nada nocivo lhe acontecia, mudaram de idéia e começaram a dizer que ele era [um] deus."

Coerente com a forma como traduziu João 1:1, a Comissão de Tradução do Novo Mundo inseriu o artigo indefinido "um" porque entendeu que o contexto exige a sua aplicação. Visto que no grego original os artigos indefinidos eram inexistentes, usam-se ali os parênteses rectos ou colchetes para que o leitor entenda que se trata de uma inserção. No entanto, as mesmas traduções acima mencionadas, que em João 1:1 fazem questão de não colocar o artigo indefinido, não seguem a mesma regra ao traduzir esta passagem, nem sequer indicando a liberdade tomada de colocar o artigo indefinido, conforme se pode verificar em seguida:

"Quanto a eles, esperavam que Paulo viesse a inchar, ou caísse morto de repente. Mas, depois de muito esperar, ao verem que não lhe acontecia nada de anormal, mudando de parecer puseram-se a dizer que ele era um deus."

"Julgavam os indígenas que ele viesse a inchar, e que subitamente caísse morto. Mas, depois de esperarem muito tempo, vendo que não lhe acontecia mal nenhum, mudaram de parecer e disseram: Ele é um deus."

"E eles esperavam que viesse a inchar ou a cair morto de repente; mas tendo esperado já muito, e vendo que nenhum incômodo lhe sobrevinha, mudando de parecer, diziam que era um deus."

  • Bíblia Sagrada Missionários da Difusora Bíblica Fransciscanos Capuchinhos, edição de 2002

"Enquanto eles esperavam que viesse a inchar ou a cair repentinamente morto. Depois de terem aguardado muito tempo e verem que nada de anormal lhe acontecia, mudaram de opinião e começaram a dizer que ele era um deus."

Assim, para as Testemunhas, os trinitaristas não têm base para se queixar do uso de "um" antes de "deus" porque todas as outras traduções bíblicas usam os artigos indefinidos "um" e "uma" centenas de vezes antes de palavras, embora não sejam encontrados em parte alguma no texto original grego. Não apenas isso, mas estas traduções inserem repetidas vezes o artigo definido "o" ou "a" antes de certas palavras onde isso não ocorre no grego. Por exemplo, os muitos casos da ocorrência da palavra "espírito" ou das palavras "espírito santo". Há casos no texto grego em que o artigo definido "o" não ocorre antes destas palavras. Segundo as Testemunhas, muitos tradutores alteram o sentido do texto por inserirem o artigo "o", fazendo-o rezar "o espírito" e "o espírito santo". Em tais casos escrevem também a palavra "Espírito" com letra inicial maiúscula, dando ao leitor a impressão de que se refere a uma pessoa inteligente, à Terceira Pessoa de uma Trindade.

Ao considerarem João 1:1, as Testemunhas crêem que Jesus é de facto um deus, ou seja é de natureza divina, tal como os anjos são chamados de deuses. Ensinam também que o próprio Satanás é chamado de deus[15] na Bíblia[16], mas isso não significa que ele seja o Deus Todo-poderoso. Para elas, Jesus continua a ser uma pessoa espiritual poderosa, tal como era antes de nascer como humano, mas sempre esteve e estará sujeito ao seu Deus e Pai, Jeová.

[editar] Referências

  1. Despertai!, Novembro de 2007, página 30
  2. A Sentinela, 15 de Outubro de 1999, página 31
  3. As Testemunhas de Jeová no Propósito Divino, 1959, pág. 258, edição em inglês; A Sentinela de 15 de Março de 1975, pág. 191
  4. Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas - com Referências, páginas 6 e 1525
  5. A Sentinela, 15 de Outubro de 1999, página 31
  6. Despertai!, Novembro de 2007, página 30
  7. Rowley, H. H., Jehovah's Witnesses' Translation of the Bible, em The Expository Times 67:107, Janeiro 1956
  8. Verdade e Tradução: Exatidão e Tendenciosidade nas Traduções em Inglês do Novo Testamento, de Dr. Jason D. BeDuhn, Lanham, University Press of America, 2003, pág. 114-6, 162-3
  9. The Differentiator, de Junho de 1954, página 131
  10. The Differentiator, Abril de 1952, páginas 52-7
  11. A Sentinela de 15 de Novembro de 1978, pág. 11-4; Raciocínios à Base das Escrituras, editado pela Sociedade Torre de Vigia, pág. 396
  12. Dictionary of the Bible, Nova Iorque, 1965, pág. 317
  13. Vol. 92, Filadélfia, EUA, 1973, página 85
  14. Many Witnesses, One Lord, 1983, páginas 23, 24
  15. Tratado Quem Realmente Governa o Mundo?, publicado em 1992, bem como em muitas outras publicações das Testemunhas.
  16. 2 Coríntios 4:4: "...os incrédulos, cuja inteligência o deus deste mundo cegou..." segundo a Bíblia Sagrada Missionários da Difusora Bíblica Fransciscanos Capuchinhos, edição de 2002. Esta tradução católica associa Satanás com a palavra deus ao afirmar na nota de rodapé sobre este versículo: "E isto por causa do deus deste mundo, Satanás, que domina nas trevas."

[editar] Ver também

Traduções da bíblia Esperanto

A primeira tradução da Bíblia para esperanto foi uma tradução do Tanakh (Velho Testamento), feita por Zamenhof. A tradução foi revisada e comparada com traduções para outras línguas por um grupo de clérigos britânicos, antes de sua publicação na British and Foreign Bible Society em 1910. Em 1926, ela foi publicada junto com uma tradução do Novo Testamento, numa edição geralmente chamada de Londona Biblio. Nos anos 60, Internacia Asocio de Bibliistoj kaj Orientalistoj tentou organizar uma nova e ecimênica versão da bíblia em esperanto.[13] Desde então, o pastor luterano Gerrit Berveling traduziu os Livros Deuterocanônicos, além de novas traduções dos Evangelhos, algumas das epístolas do Novo Testamento e alguns livros do Tanakh; estes foram publicados em várias brochuras separadas, ou em série na revista Dia Regno, mas os deuterocanônicos apareceram numa edição recente da Londona Biblio.